PLASTICO

Un monde qui se plastifie. Les terres de Nijar, en Andalousie, ont vécu, en une génération, le passage brutal d’un monde encore largement prémoderne au consumérisme. Le paysage, qui se couvre de serres de plastique, y devient le lieu d’un désastre environnemental, mais aussi d’un choc culturel brutal : celui de l’oubli et de la plastification des âmes. La mémoire sacrifiée sur l’autel de la productivité. Le film, à la fois documentaire et poème chanté, oratorio filmé, s’élève contre cet oubli en évoquant la toile de la mémoire, et en interrogeant ses propres images. Il cherche les questions plus que les réponses.

Um mundo que se está a tornar plástico. As terras de Nijar, na Andaluzia, experimentaram, numa geração, a transição brutal de um mundo ainda em grande parte pré-moderno para o consumismo. A paisagem, coberta de estufas de plástico, torna-se o local de um desastre ambiental, mas também de um choque cultural brutal: o do esquecimento e da plastificação das almas. A memória sacrificada no altar da produtividade.

O filme, que é simultaneamente um documentário e um poema cantado, um oratório filmado, ergue-se contra este esquecimento ao evocar a teia da memória e ao questionar as suas próprias imagens. Procura perguntas em vez de respostas.

BIO

Yves Cantraine, né en Belgique en 57.

Il enseigne l’histoire culturelle des Etats-Unis et la traduction culturelle jusqu’en 2009. A partir de 1995, il réalise des documentaires et courts-métrages qui circulent en festivals et sont programmés à la télévision, ainsi que des vidéos musicales. Il crée une résidence d’artistes en Andalousie en 2014

Yves Cantraine, nascido na Bélgica em 1957.

Ensinou história cultural dos EUA e tradução cultural até 2009. Desde 1995, faz documentários e curtas-metragens que são exibidos em festivais e na televisão, bem como vídeos musicais e video-danças. Criou uma residência artística na Andaluzia em 2014, e organiza aí eventos culturais.