Festival Suro, 2022
@André Cruz
Pedro Calhau
Quid Pro Quo
Para a série Quid Pro Quo (2018-2019) o artista desenvolveu uma série de pinturas a partir de um programa simples. As pinturas iriam conter um vulcão e um reflexo na água desse vulcão. O nome da série vem diretamente desta premissa. Quid Pro Quo, do latim, “uma coisa pela outra”, acomodou ao longo dos tempos vários significados sendo esta ideia de uma troca de opostos (fogo/água, realidade/reflexo) que levou o artista a nomear a série. Outra ideia que interessou o artista durante este processo foi uma ideia de pintura. Quando pintamos uma cor sobre outra e perguntamos de que lado esta a linha que separa as duas, obtemos uma inconclusiva. Esta linha que se forma, que não é de um lado nem do outro, é uma das propriedades do métier da pintura e não é possível ser “desenhada” só “pintada”. Todas as pinturas da série são paisagens que usam esta ideia/procedimento, para distinguir os pólos que procuram invocar.
Bio
Vive entre Lisboa e o Alentejo. Expõe regularmente desde 2004. Desenvolve uma prática regular em torno da pintura, do desenho, do vídeo, e de livros de artista. Desde 2017 é professor no Arco (Centro de Arte e Comunicação, Lisboa) que frequentou como aluno (2006-2010). A sua última mostra decorreu em Coimbra, até 04 de Setembro, Tale about urban piracy, Curadoria João Silvério no Museu Municipal de Coimbra.